Comunicar frente a frente com o consumidor envolvendo-o com a marca de forma surpreendente através da creatividade e argúcia de técnicas pouco convencionais é o que propõe o Marketing de Guerrilha.
Se houve tempos em que este tipo de marketing era apenas utilizado por pequenas marcas para colmatar a falta de recursos, hoje são as "superbrands" que a ele recorrem para se diferenciarem num mercado saturado das tradicionais formas de Comunicação.
Vantagens do Marketing de Guerrilha:
Este método não convencional leva a que a campanha seja “falada”, faz o uso do método boca em boca que pode ser bem eficaz;
Transforma potenciais clientes em consumidores reais;
Não necessita de grandes investimentos, logo, maior lucro;
Num mercado actual em que em diversas categorias o mercado está saturado é uma boa estratégia a adoptar;
Forma bastante eficaz de atingir o seu publico alvo;
Este faz uso de ferramentas mais envolventes e interessantes que lidam cara a cara com o consumidor, aproximando a marca deste;
Possibilita resultados mais marcantes e uma maior identificação dos consumidores com a marca.
Desvantagens do Marketing de Guerrilha:
No Marketing de Guerrilha nunca se sabe ao certo se uma ação dará ou não resultados. Tudo tem apenas um possível potencial. Entretanto, nessa histeria publicitária, onde procura-se a todo custo voltar o olhar do consumidor para uma marca, a Guerrilha faz-se valer;
Esta modalidade é para poucos, é preciso muita criatividade para colocar este conceito em prática. As verdadeiras ações de guerrilha vão muito além da web e do marketing viral. O Marketing de Guerrilha talvez - pelo seu carácter inovador - seja a tão procurada solução contra as “velhas forças armadas”.
A Torke, pioneira em Portugal é uma agência especializada na concepção e implementação em acções de Marketing de Guerrilha. Nasceu em Maio de 2005 e foi a primeira no mercado português a oferecer oficialmente este tipo de serviços.
O seu primeiro trabalho foi desenvolvido para o lançamento dos canais Fox e Fixlife. Hoje em dia conta com uma lista alargada de clientes como Peugeot, Optimus, Myspace, Zon ou Google. Esta conta com muitos bons exemplos do seu trabalho em algumas marcas como os "Homens-Ombros" da Optimus nos festivais de música, também para a Optimus trouxeram pela primeira vez para Portugal tagvertising e o beamvertising - projecção móvel de imagens; outro bom exemplo foi na Fox, desenvolveram uma acção de colocação de máscaras em estátuas para o lançamento da série "House", ou os cinturões negros para a National Geographic.
Podemos dizer que a Torke já teve algumas campanhas arrojadas, que não foram muito bem aceites pelas pessoas, muito embora não se trate de um mau exemplo provavelmente não está adquada à cultura em questão, como a campanha desenvolvida para a Dexter, uma série que se baseia num serial-Killer em que, resumidamente, foram colocados vários "corpos" de promotores espalhados pela cidade, simulando que tinham sido esfaqueados e a derramar sangue. Além disso fizeram uma intervenção em WC públicos, onde foi colocada tinta vermelha a sair pelos autoclismos. Segundo André Rabanea « O facto de trabalhar com "sangue" por vezes assusta as pessoas, a campanha mereceu até destaque no jornal The Guardian, que a classificou como Shockvertising».
Nem sempre corre bem...
Nos EUA, a Turner Broadcasting Systems desenvolveu uma campanha de Guerrilha para Cartoon Network, que foi levada demasiado a sério pela polícia para prom
over uma série de desenhos animados - Aqua Teen: o Esquadrão Força Total - decidiram espalhar por várias cidades Americanas diversos pacotes com uma personagem da série. Na maioria delas ninguém deu muita atenção mas, em Boston, a brincadeira tornou-se um caso de polícia, chegando mesmo a abrir telejornais. Pessoas assustadas com pacotes colocados debaixo de pontes, metro e outros tantos da cidade, levaram a população a pensar que poderia ser algo perigoso, tendo a polícia passado uma multa a quem esteve por de trás da campanha. Um alerta para o desenvolvimento deste tipo de acções, onde o bom senso tem de estar em prática, como em qualquer outra acção publicitária. Curiosidade:
Bazooka é a designação da nova agência criativa a operar no mercado do marketing de Guerrilha. A empresa que está sediada no Porto nasceu a 16 de Junho e conta com a direcção criativa de Flávio Oliveira. Numa primeira fase, a agência procurou dar respostas às necessidades das grandes empresas na região norte do país, de acordo com a evolução do negócio, começou a estabelecer parcerias com empresas criativas em Lisboa para atacar o mercado nacional.
Fontes: Revista marketeer nº148 Novembro 2008 "Empresas portuguesas rumam a Angola"
F.Gimenes: «http://midiabasica.wordpress.com/2008/03/27/sobre-o-marketing-de-guerrilha»
Comentário:
O Marketing de Guerrilha tem como principal objectivo, o uso de ideias criativas, a fim de atingir as pessoas nos seus ambientes e estimular ou mesmo criar uma conexão pessoal com alto nível de impacto .
Se isso funcionar, a mensagem será repercutida boca em boca tanto quanto pelos Media. Ao longo da pesquisa, encontrei inúmeros livros e artigos que diziam que apesar do nome ser diferente esta Marketing de Guerrilha não era mais do que uma variação do buzzmarketing.
Em Portugal há uma crescente utilização desta técnica (Mkt de Guerrilha), visto ser uma mercado constituído por inúmeras pequenas e médias empresas, que não dispõem de um forte investimento para a sua comunicação, arriscando neste tipo de técnica inocadora, em caso de ser bem sucedida a empresa irá lucrar imenso com isso, mas por outro lado o risco também é grande, tal como podemos observar mais acima no post de Marketing de Guerrilha, alguns maus exemplos de sua utilização.